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Dados do IBRAC revelam que receita com as exportações cresceu 62% até agosto.

Hoje, 13 de setembro, é comemorado dia nacional “daquela” cuja “bicadinha pro santo” vem em primeiro lugar. Sim, o assunto é a cachaça, o destilado mais antigo da América Latina, que “nasceu” no Brasil lá no Século 16. 

E olha que história não falta para marcar a data, começando pelo crescimento do setor, especialmente no mercado externo.

Dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Cachaça (IBRAC), entidade representativa do setor, vindos do Comex Stat, do Ministério da Economia, relevam um crescimento em receita de 62% com as exportações em 2022, com um valor acumulado até agora de US$ 13,10 milhões.

O balanço, divulgado para marcar a data, mostra ainda que o volume exportado nos primeiros oito meses de 2022 subiu 26% na comparação com 2021 e saltou de 4,7 milhões de litros para 5,9 milhões.

Somente este ano, o Brasil exportou a bebida para 66 países, sendo os principais destinos os Estados Unidos, Alemanha e Portugal. 

Mas por que cresceu?

O aumento nas vendas é resultado de campanhas realizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parcerias com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e de Investimentos (ApexBrasil e o IBRAC, justamente para promover a bebida que já é paixão nacional.

O Governo, por exemplo, tem promovido através do Mapa a participação de produtores em feiras internacionais. “Queremos mostrar ao mundo a força da nossa cachaça”, disse o ministro Marcos Montes, no mês passado, durante o lançamento da 31ª Expocachaça, em Belo Horizonte.

Isso por que, apesar de produzir aproximadamente 1,3 bilhão de litros por ano, o Brasil exporta anualmente entre cerca de 2% desse montante, cerca de 2,5 milhões de litros. 

Saiba mais: Número de cervejarias dispara 1.100% em 10 anos no Brasil

Apex e IBRAC

Outras iniciativas em prol da valorização da cachaça são o Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça (chamado Cachaça: Taste The New, Taste Brasil) e o pioneiro Programa de Qualificação para Exportação de Cachaça na versão Agronegócio (PEIEX Agro Cachaça). 

“O Brasil tem a Cachaça como o destilado nacional por excelência e o vemos como um produto com enorme potencial de crescimento no mercado internacional”, destaca o analista da Gerência do Agronegócio da ApexBrasil, Cláudio Borges.

Para o analista da Gerência de Qualificação da ApexBrasil, Laudemir Muller, a cachaça é uma bebida sofisticada e de altíssima qualidade . “Nós estamos trabalhando em um posicionamento de mercado como um produto diferenciado”, continua ele que destaca o programa Taste The NEW, Taste Brasil.

A iniciativa oferece às empresas a oportunidade de participação em ações de promoção. “Nosso trabalho é focado principalmente no branding, para que ela seja vista como a bebida nacional”, explica Borges.

Já para Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, o Projeto Setorial e o PEIEX Agro Cachaça são de extrema importância para o processo de internacionalização do setor pois, além de se complementarem, possibilitam ações integradas.

“As duas iniciativas hoje compõem, de forma integrada, a base da estratégia de promoção internacional da Cachaça. O PEIEX Agro Cachaça capacita as empresas. Já o Projeto Setorial cria as oportunidades de promoção das empresas, além de possibilitar a construção de uma mensagem única sobre a Cachaça”. 

Mercado interno

O Brasil possui atualmente quase mil produtores de cachaça, devidamente legalizados, espalhados pelo país, gerando mais de 600 mil empregos diretos e indiretos, segundo dados do IBRAC.

Os principais produtores se localizam em São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.

No Brasil, a bebida está atrás apenas da cerveja entre as alcoólicas mais consumidas e ocupa o primeiro lugar no conjunto de destilados, em termos de volume.

Além disso, e de acordo com relatório anual de bebidas alcóolicas da Euromonitor International, no comparativo entre 2021 e 2020, o crescimento foi de 30% em valor (atualmente, um mercado de R$ 15,55 bilhões) e 18% em volume (totalizando 469.725,2 milhões de litros).

“Os números precisam ser comemorados e a perspectiva do setor – tanto no mercado externo, quanto interno – é fechar o ano com dados superiores a 2021. Esperamos que o cenário positivo continue, e que tenhamos mais motivos para comemorar”, enfatiza Carlos Lima.

Revolta da Cachaça

No País, a produção de cachaça ainda está intrinsecamente ligada aos costumes do povo, e não só pela tradição de dar a bicadinha para o santo, que remete ao folclore.

O 13 de setembro foi escolhido justamente em homenagem ao movimento da Revolta da Cachaça, quando produtores fluminenses rebelaram contra a proibição na produção deste destilado verde e amarelo.

Como resultado, a produção voltou a ser permitida em 13 de setembro de 1661, data escolhida pelo Instituto Brasileiro da Cachaça para a celebração do Dia Nacional da Cachaça.

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