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O veredito foi proferido por um júri em um tribunal da Filadélfia, determinando que a Bayer, gigante farmacêutica e agroquímica, pague a quantia de US$ 2,25 bilhões a um residente da Pensilvânia, John McKivision; confira o motivo

A Justiça dos Estados Unidos emitiu uma decisão impactante na sexta-feira (26), determinando que a Bayer, gigante farmacêutica e agroquímica, pague a quantia de US$ 2,25 bilhões a um residente da Pensilvânia, John McKivision. O homem alega ter desenvolvido câncer devido à exposição prolongada ao herbicida Roundup, fabricado pela empresa.

O veredito foi proferido por um júri em um tribunal da Filadélfia, que concluiu que o linfoma não-Hodgkin de McKivision foi resultado dos anos de utilização do Roundup em atividades de jardinagem em sua residência. A decisão inclui uma compensação de US$ 250 milhões por danos compensatórios e impressionantes US$ 2 bilhões em danos punitivos.

Os advogados de McKivision, Tom Kline e Jason Itkin, afirmaram em comunicado conjunto que o veredicto, especialmente a decisão de danos punitivos, envia uma mensagem clara de que a multinacional Bayer precisa passar por mudanças significativas em todos os níveis.

A Bayer, em resposta, expressou sua discordância com o veredito, alegando que vai entrar com um recurso para reverter a decisão. A empresa destacou que o veredicto entra em conflito com “o peso esmagador de evidências científicas e avaliações regulatórias e científicas mundiais” e afirmou ter argumentos sólidos para reverter a compensação considerada excessiva e inconstitucional.

Esta decisão ocorre após cinco outras vitórias recentes no final do ano passado contra a Bayer por casos relacionados ao Roundup. No entanto, a empresa também ganhou um julgamento em dezembro e obteve sucesso em processos anteriores, totalizando dez vitórias nos últimos 16 julgamentos envolvendo o herbicida.

A Bayer enfrenta aproximadamente 165 mil queixas nos EUA relacionadas ao Roundup, que foi integrado à empresa após a aquisição da Monsanto em 2018. A maioria dos autores, incluindo McKivision, alega ter desenvolvido linfoma não-Hodgkin devido ao produto. A empresa ressalta que décadas de estudos indicam que o Roundup e seu ingrediente ativo, o glifosato, são seguros para uso humano.

Apesar do veredito, a Bayer argumenta que já reduziu significativamente algumas compensações por danos em casos anteriores. O Roundup, embora tenha sido um dos herbicidas mais amplamente utilizados nos EUA, teve suas vendas para uso doméstico encerradas gradualmente pela empresa no ano passado.

Em 2020, a Bayer resolveu a maioria dos casos pendentes do Roundup na época por até US$ 9,6 bilhões, mas ainda enfrenta mais de 50 mil queixas pendentes, sem conseguir obter um acordo que cubra casos futuros.

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