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A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma biotécnica avançada que permite aos produtores obter mais eficiência reprodutiva de bovinos e que está em constante avanço no Brasil. 

“Hoje, a maioria dos animais inseminados no Brasil são por IATF, especialmente no caso do gado de corte, que atinge um índice de quase 100%”, comenta Claudio Menezes, médico veterinário e instrutor do SENAR-SP desde 2014.

O discurso é embasado em números. De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP) houve expansão de 29,7% do mercado de IATF na comparação entre 2019 e 2020.

Em 2020 foram comercializados 21.255.375 protocolos, comparados aos 16.382.488 em 2019. Os dados indicam que 89,8% das inseminações no Brasil, em 2020, já foram realizadas por IATF. 

Para Menezes, as inúmeras vantagens dessa estratégia de manejo explicam o crescimento so setor. Ele cita como exemplos a possibilidade de realizar diferentes cruzamentos e a melhora da padronização do rebanho e das carcaças, além do controle sanitário mais eficiente. 

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Controle reprodutivo

Tais ganhos decorrem do controle reprodutivo que a IATF possibilita, já que permite a indução e a sincronização da ovulação das fêmeas bovinas através de protocolos hormonais.

Ao contrário do modelo de observação do cio, que é sujeito a falhas, a IATF possibilita estabelecer um calendário de inseminação e fazer o procedimento de todas as vacas em um mesmo dia – mesmo em rebanhos numerosos.

Assim, o produtor pode escolher o período que melhor se ajusta aos seus objetivos, seja para o gado de corte ou para o de leite, a partir de diferentes opções de protocolos e estratégias.

“Você elimina a necessidade de detecção de cio e consegue inseminar um grande número de fêmeas no mesmo dia, na mesma hora, sem a necessidade de aguardar o cio natural. Isso facilita em muito o manejo”, observa Menezes.

Marco da década de 1990

A inseminação artificial tradicional, por cio natural, surgiu na década de 1970. Já a IATF tem seu marco inicial na década de 1990.

“No início era ainda muito experimental, quem fazia eram os núcleos de pesquisa das faculdades ou veterinários muito especializados em reprodução. Não era uma tecnologia tão divulgada assim.”, recorda o profissional.

“A técnica explodiu para o mercado de uns dez anos para cá. Desde 2009, pelo menos, vários laboratórios começaram a produzir hormônios. Antes você não conseguia comprar em qualquer lugar, mas hoje a maioria das lojas agropecuárias têm duas ou três marcas de hormônio à venda”.

Outra vantagens dos dias atuais está na capacitação mais acessível. O veterinário Claudio Menezes é instrutor em pelo menos dez diferentes cursos focados em bovinocultura, entre eles o de “Manejo de cria e recria”, que traz uma visão geral sobre a reprodução de rebanhos, do Senar-SP. 

Outra recomendação é o curso de IATF, também da instituição, ofertado tanto para o gado de leite quanto de corte. “Além da facilidade de acesso aos hormônios, a tecnologia começou a ser muito divulgada através do SENAR. Hoje, quando chegamos a algum sítio nos deparamos com funcionários que já sabem empregar a técnica”, explica Menezes.

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