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“A pressão nos governantes deve ser constante. Não há, na história da reforma agrária do mundo, nenhum processo de correção das distorções fundiárias sem que a população se mobilize”; confira

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, revelou em uma entrevista à Folha de S.Paulo que o movimento planeja intensificar as invasões de terra ao longo do ano de 2024. Stedile destacou as “dificuldades” enfrentadas pelos sem-terra como fator impulsionador dessas ações.

“Se o governo não toma a iniciativa, a crise capitalista continua se aprofundando“, alertou Stedile, ressaltando que as crescentes dificuldades enfrentadas pelos sem-terra exigem uma resposta mais contundente. Ele enfatizou a necessidade de mobilização social, afirmando que “o ser humano não é igual ao sapo, que o boi pisa, e ele morre sem dizer nada. Vai haver muito mais luta social.”

No ano passado, durante o primeiro ano do novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o MST registrou 71 invasões, ultrapassando o total de quatro anos sob o governo de Jair Bolsonaro, que contabilizou 62 invasões.

Apesar de ser um aliado histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), Stedile destacou que 2023 foi o pior ano em termos de assentamento de famílias nos últimos 40 anos. Em declarações anteriores, ele chegou a expressar desilusão com as promessas não cumpridas de reforma agrária por parte do ex-presidente Lula.

Durante o governo Bolsonaro, as invasões de terra diminuíram consideravelmente devido à política de defesa dos proprietários rurais adotada pelo governo. Nesse período, o MST direcionou seus esforços para a comercialização de produtos relacionados ao movimento, como bonés e camisetas, em lojas físicas denominadas Armazém do Campo.

Entretanto, Stedile anunciou a retomada da estratégia de invasões de terras, reiterando que a política de ocupações não pode ser abandonada. “A pressão nos governantes deve ser constante. Não há, na história da reforma agrária do mundo, nenhum processo de correção das distorções fundiárias sem que a população se mobilize“, declarou o líder do MST. “Em nenhum país do mundo o governo resolveu: ‘Ah, onde é que tem sem-terra? Vou dar terra para vocês’“, concluiu Stedile em entrevista à Folha de S.Paulo.

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