A empresa de logística Rumo está planejando um investimento massivo de R$ 2,5 bilhões para a construção de um novo terminal de grãos no Porto de Santos.
Este movimento estratégico visa a antecipação de um esperado aumento nos volumes de produção do Centro-Oeste do Brasil, que demandará uma capacidade de escoamento ampliada.
O acordo firmado entre a Rumo e a DPW, operadora logística de Dubai, delineia a construção do terminal, projetado para uma capacidade de 12,5 milhões de toneladas por ano.
Destas, 9 milhões de toneladas serão destinadas à exportação de grãos, enquanto 3,5 milhões de toneladas serão reservadas para a importação de fertilizantes.
O CEO da Rumo, Pedro Palma, enfatizou a importância de garantir que o Porto de Santos possua capacidade não apenas para os volumes atuais, mas também para os volumes esperados nos próximos anos.
Ele ressaltou que este investimento faz parte de uma série de projetos da Rumo para aprimorar a infraestrutura de escoamento de grãos do Centro-Oeste até Santos, um importante ponto de exportação, especialmente para destinos asiáticos.
Além disso, Palma destacou que o projeto incluirá uma “pera ferroviária”, um mecanismo que otimiza o processo de carga e descarga, reduzindo custos e aumentando a eficiência operacional.
Este diferencial é crucial para lidar com o aumento projetado nos volumes de produção e transporte.
O financiamento do projeto, no valor de R$ 2,5 bilhões, será realizado através de empréstimos, aproveitando a posição financeira sólida da Rumo, cuja alavancagem está em torno de 2x EBITDA.
A empresa também está considerando trazer um parceiro para o projeto, potencialmente um cliente do setor de agronegócio, como forma de reduzir o investimento inicial.
A expectativa é que as licenças ambientais sejam obtidas até o final do ano, com o início da construção previsto para o início de 2025. As obras devem durar 30 meses, com o terminal começando a operar em 2027.
Com este investimento estratégico, a Rumo busca fortalecer sua posição como líder em logística de grãos no Brasil, contribuindo não apenas para sua própria rentabilidade, mas também para o desenvolvimento econômico e a competitividade do setor agrícola do país.
