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Divisão no Agronegócio: Setor Busca Aproximação com Governo Lula Enquanto Outro Mantém Distância.

O cenário no agronegócio mostra uma clara divisão. Enquanto uma parte dos representantes políticos ligados aos produtores rurais voltados para a exportação prefere manter distância do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), outra ala demonstra uma postura mais conciliatória.

Essa segunda vertente, composta por congressistas ligados ao segmento de bioenergia, que engloba as usinas de etanol e biodiesel, está em movimento de aproximação. Seu interesse principal reside na rápida aprovação, sem modificações, do projeto de lei 528 de 2020, conhecido como Combustível do Futuro.

Este projeto, já aprovado pela Câmara, propõe um novo marco regulatório para os biocombustíveis, incluindo um aumento no percentual de mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no óleo diesel.

Este esforço de aproximação ficou evidente em eventos como o churrasco promovido por Lula em 21 de março na Granja do Torto, no qual empresários do setor agrícola, especialmente da área bioenergética, marcaram forte presença.

Sob a coordenação do ministro Carlos Fávaro (Agricultura), o encontro visava estabelecer laços com produtores e representantes da indústria ligada à agropecuária, que em sua maioria apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

O objetivo é unir forças da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) com o governo para superar as objeções do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, quanto a alterações no texto do projeto no Senado.

O ápice dessa articulação foi um evento na Esplanada dos Ministérios realizado na quarta-feira (27 de março), onde empresários ligados à FPBio exibiram caminhões movidos exclusivamente a biodiesel. O projeto em questão propõe uma mistura de até 25%.

Entretanto, representantes do setor de petróleo levantam questionamentos sobre a eficácia dos biocombustíveis nos motores. Durante o evento, o presidente da FPBio, o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), instou o governo a garantir a aprovação do PL no Senado sem alterações no texto.

Enquanto isso, a outra ala do agronegócio, representada pela poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), mantém-se distante do governo.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), não participou dos eventos realizados até então e não demonstra interesse na aproximação. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que a parcela mais significativa do agronegócio nacional está voltada para as exportações e é menos dependente de ações e projetos do governo.

Assim, esse grupo não vê a necessidade de estabelecer relações próximas com o governo de Lula.

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