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Uma nova geração de startups brasileiras está transformando o agronegócio com o uso de inteligência artificial (IA). A Traive, fundada por Aline Oliveira Pezente, é uma dessas empresas, analisando grandes volumes de dados agrícolas para melhorar a gestão de riscos e facilitar o acesso ao crédito para os agricultores. Este movimento promete uma revolução agrícola, aumentando a eficiência e sustentabilidade no setor. 

O agronegócio brasileiro está passando por uma transformação digital significativa, com startups utilizando inteligência artificial (IA) para reinventar a maneira como a agricultura é conduzida no país. Aline Oliveira Pezente, uma empresária de Minas Gerais e ex-funcionária da multinacional Louis Dreyfus Commodities, notou um grande desafio na dinâmica da indústria agrícola brasileira: a dificuldade dos produtores em obter crédito devido aos altos riscos associados, incluindo variáveis naturais e financeiras.

Aline e seu marido, Fabrício, decidiram buscar soluções no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, onde ela se especializou em IA e análise de dados. Em 2018, eles lançaram a Traive, uma startup que compila dados relacionados à agricultura e utiliza IA para avaliar riscos, otimizando o processo de concessão de créditos para agricultores.

O diferencial da Traive está em seu método de análise de risco, que substitui modelos tradicionais — frequentemente manuais e sujeitos a erros — por sistemas automatizados que proporcionam resultados em tempo real com precisão superior. “Podemos fazer em cinco minutos e com muito mais precisão o que antes levava três meses”, explicou Aline à AFP.

Sete anos após sua fundação, a Traive já atende gigantes do agronegócio como Syngenta e o Banco do Brasil, e mais de 70 mil produtores utilizam sua plataforma, que já facilitou aproximadamente R$ 5 bilhões em operações financeiras.

A startup também foi destaque no Web Summit, no Rio de Janeiro, onde Aline participou do painel “Colheita de dados: a próxima revolução agrícola”. Durante o evento, outros inovadores, como Alejandro Mieses da TerraFirma, discutiram como a IA está sendo usada para prever riscos ambientais através de imagens de satélite, ajudando os agricultores a se adaptarem melhor às mudanças climáticas e a gerir suas lavouras de forma mais eficiente.

Apesar das inovações, o setor agrícola ainda enfrenta críticas, especialmente no Brasil, onde o crescimento da indústria tem sido associado ao aumento da destruição ambiental, particularmente na Amazônia. No entanto, líderes de startups como Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart, argumentam que a tecnologia pode ajudar o setor a produzir de maneira mais sustentável. “A gente precisa aumentar a produção de alimentos… ao mesmo tempo que tem que produzir com menos, com a mínima pegada de carbono possível. Como fazer isso se não adotar tecnologia?”, questiona Mariana, destacando o potencial regenerativo da agricultura aliada à inovação tecnológica.

Este movimento das startups de IA no agronegócio não só está ajudando o Brasil a manter sua posição de liderança global em exportações agrícolas, mas também está pavimentando o caminho para um futuro mais sustentável e eficiente na agricultura.

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