A pecuária bovina continua a ser um pilar fundamental da economia brasileira, com o rebanho bovino nacional atingindo um novo recorde de 234,4 milhões de animais, de acordo com dados recentes do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa marca histórica ressalta a importância do setor para a dinâmica econômica e social do país, especialmente considerando a discrepância entre a população humana e bovina.
O Brasil, conhecido por sua vasta extensão territorial e sua diversidade cultural, apresenta uma peculiaridade demográfica surpreendente, com mais cabeças de gado do que habitantes.
Enquanto o país conta com uma população de aproximadamente 203 milhões de pessoas, o rebanho bovino supera os 234 milhões de cabeças.
Essa disparidade reflete a predominância da atividade pecuária, principalmente em áreas rurais distantes dos centros urbanos.
A criação de gado bovino de corte é um dos principais impulsionadores da economia nacional, representando uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB).
Entre 2019 e 2020, o Brasil experimentou um aumento em sua participação no PIB, alcançando 10%, impulsionado pelo crescimento do setor pecuário.
Além disso, as exportações de carne bovina registraram um aumento expressivo, totalizando 2,536 milhões de toneladas em 2023, fortalecendo a posição do Brasil como líder global no mercado de carne bovina.
Alguns estados brasileiros destacam-se pela notável disparidade entre o número de cabeças de gado e a população humana.
Por exemplo, em Rondônia, onde a população é de aproximadamente 1,6 milhão de habitantes, o rebanho bovino ultrapassa os 15 milhões de cabeças, estabelecendo uma relação de quase 10 animais por pessoa.
Situação semelhante é observada no Mato Grosso, com uma população de cerca de 2,8 milhões de pessoas e um rebanho bovino que excede os 18 milhões de cabeças.
Essa relação ressalta a importância econômica e cultural da pecuária nessas regiões, onde o gado desempenha um papel fundamental na sustentabilidade econômica e no modo de vida das comunidades locais.
